Messias
Basques
Graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (FFLCH-USP, 2003-2007) e Mestre em Antropologia Social pelo PPGAS-UFSCar (2008-2011). Foi um dos fundadores da R@U (Revista de Antropologia da UFSCar), tendo sido seu editor de 2009 a 2013. Atualmente, é aluno do curso de Doutorado em Antropologia Social do PPGAS - Museu Nacional, UFRJ, sob orientação do prof. Dr. Carlos Fausto.
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Projetos
Quase como irmãos: uma etnografia das relações assimétricas entre os Kadiwéu |
O objetivo da tese é a análise de relações assimétricas entre os Kadiwéu, povo de língua Guaikuru que se encontra no Estado de Mato Grosso do Sul. Na década de 1980, a retomada de fazendas destinadas ao arrendamento, prática concebida e orquestrada pelo Serviço de Proteção aos Índios, promoveu o aparecimento dos bajendeoodi ejiwajegi (fazendeiros kadiwéu) e de duas associações: a Associação das Comunidades Indígenas da Reserva Kadiwéu (ACIRK) e a Associação dos Criadores do Vale do Aquidaban e Nabileque (ACRIVAN), entidade que reúne pecuaristas arrendatários. A hipótese é que a divisão assimétrica do território, fragmentado em mais de uma centena de fazendas de criação de gado, atualizou as distinções entre senhores, descendentes de cativos e não indígenas, articulando-as com a figura dos “patrões” (pecuaristas, GonekalayeGegi), que mantêm com os Kadiwéu uma relação ambivalente e igualmente marcada por assimetrias, alianças e conflitos. |