Julia Bernstein
Formada em Ciências Sociais pela UFRJ e Montagem pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Se especializou na edição de documentários. Entre as produções estão "Pastor Cláudio" (Beth Formaggini, 2017), "Então Morri" (Bia Lessa e Daniel Roland, 2016), "Ameaçados" (Julia Mariano, 2014) e “Carioca Era Um Rio” (Simplício Neto, 2013). Desde 2010 vêm trabalhando com a formação em audiovisual para povos indígenas, colaborando com mais de 10 coletivos diferentes. Alguns dos realizadores indígenas com quem trabalhou: Morzaniel Iramari (Yanomami), Larissa Duarte (Tukano) e Alberto Alvares (Guarani). Entre 2011 e 2015 lecionou na Escola de Cinema Darcy Ribeiro. Mestra em Comunicação pelo PPGCOM da UFMG, com a pesquisa "O cine-maniva do Rio Negro".
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Projetos
O cine-maniva do Rio Negro |
Trata-se de uma pesquisa que aproxima cenas do conjunto de dez documentários que compõem o DVD Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro - Olhares Indígenas, com o objetivo de caracterizar o atravessamento entre a roça, os processos de produção, a forma dos filmes, além da circulação de conhecimento que eles instauram, resultando no que proponho chamar, menos metafórica do que literalmente, de cine-maniva. Isso por meio de quatro movimentos metodológicos: o primeiro é uma aproximação acerca desse universo de múltiplas agências, ou multiverso, que são as roças indígenas rionegrinas; o segundo remete à memória dos processos que envolvem a produção dos filmes e seus diversos atores; o terceiro atenta-se ao ato de ver juntos, compartilhando com algumas pessoas que vivenciam as roças rionegrinas, o ato de ver, conversar e pensar sobre os filmes; finalmente, o quarto movimento, que é composto por um retorno aos filmes, em análises subsidiadas pelos três processos anteriores. |